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Por que prometer algo a si na virada de ano?Melhor é assumir-se e, aos poucos ,ir aprendendo com seus erros,talhando-se na própria superação.Por que se preocupar com o olhar altivo,repressor,intimidante de outros se o que o outro pensa a seu respeito não está na sua esfera de pensamento,mas dele,do outro.(Arthur Schopenhauer).O poema acima,de Fernando Pessoa, é recitado pela personagem Luiza no livro Retalhos de Almas da escritora Sena Siqueira.A personagem se sente um peixe fora da água e então recita este poema.Quantos de nós já não nos sentimos assim?
Acostume-se .É assim que a vida funciona.Vivemos na chamada Pós-Modernidade.Época de individualidade,consumismo,do relativo,da informação e massificação.Então a maioria das pessoas não estão nem preocupadas com o próximo,com o que você sente,passa,sofre ou não sofre.No entanto há,ainda,espaço para espiritos livres.Aquele que faz a sua parte lutando por uma sociedade melhor,equilibrada,onde a injustiça é mínima.Como disse em outra postagem devemos lutar para que o futuro seja sempre melhor do que o hoje.E tem sido.Há fome,há,mas muito menos do que há cinquenta anos atrás.Há miséria,há,mas muito menos.Tem melhorado,mas se não cuidarmos do individuo pode piorar.Como tem sido a educação de nossos filhos em família?Como tem sido a educação escolar?O que ensinamos aos nossos jovens a cada dia. Como já disseram "As palavras convencem,mas só os exemplos arrastam".
Estamos tão preocupados em ter e mostrar que nos esquecemos dos que estão se desenvolvendo à nossa sombra,as crianças.Esforçamo-nos por agradar as pessoas,a mostrar que fazemos parte do grupo, de lhe dizer que compartilhamos os mesmos gostos e desejos e que somos iguais a eles.Não somos iguais.Cada homem é uma existência unica pelas características que lhe são inerentes e intransferíveis.Quando agradamos a todos negamos a nós o direito de objetar, de se posicionar ,de se fazer crescer como individuo,seremos exemplos do mesmo,congelamos a mudança ,delegamos a outros a função de pensar e agir por nós.
Por fim um trecho de um sermão do célebre Pe.Antônio Vieira : Memento homo,quia pulvis es,et in pulverem reverteris,lembra-te que és pó e em pó te hás de tornar.Naquelas sepulturas,ou abertas,ou cerradas,o estão vendo os olhos.Que dizem aquelas letras?Que cobrem aquelas pedras?As letras dizem pó, as pedras cobrem pó,e tudo o que ali há,é o nada que havemos de ser: Tudo pó.
Feliz novo ano
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