Beija-flor faz homenagem aos 50 anos de Brasília.
E, por fim:
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera
gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade
Ó GENTE DE MINHA TERRA.
Crianças no Haiti
Quando oiço Mariza sinto,acredito eu,o que NIETSCHE sentia ao ouvir a música de RICHARD WAGNER.É o inaudito,vejo-me ou melhor sinto o fluir da própria vida,impressionante como a música consegue nos causar um estado que vai da comoção ao arrebatamento.Mariza é isso e muito mais.Ela consegue transformar,através do canto,uma experiência de ouvir música em um estado áureo,sublime,uma profusão de sentimentos que nos leva a uma comunicação com o que não nos apercebemos conscientemente.
Ó Gente da Minha Terra
Mariza
Composição: Amália Rodrigues
É meu e vosso este fado
Destino que nos amarra
Por mais que seja negado
Às cordas de uma guitarra
Sempre que se ouve o gemido
De uma guitarra a cantar
Fica-se logo perdido
Com vontade de chorar
Ó gente da minha terra
Agora é que eu percebi
Esta tristeza que trago
Foi de vós que recebi
E pareceria ternura
Se eu me deixasse embalar
Era maior a amargura
Menos triste o meu cantar
Ó gente da minha terra
Agora é que eu percebi
Esta tristeza que trago
Foi de vós que recebi
(SOLO)
Ó gente da minha terra
Agora é que eu percebi
Esta tristeza que trago
Foi de vós que recebi
ROSA BRANCA
Mariza
Composição: José de Jesus Guimarães / Resende Dias
De Rosa ao peito na roda
Eu bailei com quem calhou
Tantas voltas dei bailando
Que a rosa se desfolhou
Quem tem, quem tem
Amor a seu jeito
Colha a rosa branca
Ponha a rosa ao peito
Ó roseira, roseirinha
Roseira do meu jardim
Se de rosas gostas tanto
Porque não gostas de mim?
Entrevista : Mariza no Jô Soares.
Música: Mariza estreia-se a solo no palco principal do Rock in Rio em Maio
29 Janeiro 2010
Lisboa, 29 Jan (Lusa) - A fadista Mariza estreia-se a solo, este ano, no palco principal do Rock in Rio, que decorre em Maio, no Parque da Bela Vista em Lisboa, anunciou hoje a organização.
Mariza integrou o elenco do primeiro Rock in Rio, em 2004, na Tenda Raízes, mas este ano cantará, no maior palco do evento, que decorre nos dias 21, 22, 27, 28 e 29 de Maio, temas do seu mais recente álbum, "Terra", já triplo platina.
Em 2006 Mariza subiu a este mesmo palco para partilhar algumas canções com Daniela Mercury.
Disponível em :Diário de notícias http://dn.sapo.pt/Inicio/interior.aspx?content_id=1482401
MEU FADO MEU
Meu Fado Meu
Mariza
Composição: Paulo de Carvalho
Trago um fado no meu canto
Canto a noite até ser dia
Do meu povo trago pranto
No meu canto a Mouraria
Tenho saudades de mim
Do meu amor, mais amado
Eu canto um país sem fim
O mar, a terra, o meu fado
Meu fado, meu fado, meu fado, meu fado
De mim só me falto eu
Senhora da minha vida
Do sonho, digo que é meu
E dou por mim já nascida
Trago um fado no meu canto
Na minh'alma vem guardado
Vem por dentro do meu espanto
A procura do meu fado
Meu fado, meu fado, meu fado, meu fado
AQUI, SEMANA DO FADO.
O fado
Na segunda metade do século XIX, surge em Lisboa, embalado nas correntes do romantismo, uma melopeia que tanto exprimia a tristeza unânime de um povo e a desilusão deste para com o ambiente instável em que vivia, como abria faróis de esperança sobre o quotidiano das gentes mais desfavorecidas e, mais tarde, penetrava ainda nos salões da aristocracia, tornando-se rapidamente uma expressão musical nacional.
Já em meados do século XIX o fado iniciou sua conquista pelo mundo, tornando-se muito famoso também fora de Portugal.
Os artistas que cantam o fado trajavam de negro. É no silêncio da noite, com o mistério que a envolve, que se deve ouvir, com uma "alma que sabe escutar", esta canção, que nos fala de sentimentos profundos da alma portuguesa. É este o fado que faz chorar as guitarras
O fadista canta o sofrimento, a saudade de tempos passados, a saudade de um amor perdido, a tragédia, a desgraça, a sina e o destino, a dor, amor e ciúme, a noite, as sombras, os amores, a cidade, as misérias da vida, critica a sociedade.
Disponível em http://www.amalia.fm/?page_id=20