Por Circe Cunha (interina)
Lula é presa fácil de seu subconsciente, abarrotado com as ações ilegais e sem ética que tem praticado ao longo de toda sua vida.
A essa altura dos acontecimentos já ficou demasiado provado, para o cidadão atento, que Lula está passando dos limites como cidadão brasileiro e ex-presidente. Parece que uma espécie de compulsão o faz ignorar os meios para alcançar os fins tornando a vida dos que o cercam um show de horrores.
Alçado ao poder então, livre da cadeia, a capacidade de desequilibrar a harmonia entre as pessoas ganha ainda um imenso potencial capaz de causar danos irreparáveis e em larga escala. Já se sabe que as pontes que constroem são para benefício do partido. As outras, prefere dinamitá-las, rompendo laços e acordos de modo abrupto e sem remorsos.
Lula é ainda o mais preparado nas artes da engabelação, conduzindo o interlocutor pelo labiríntico caminho do circunlóquio político e demagógico, com o qual hipnotiza o ouvinte, fazendo-o ouvir melodiosas cantilenas, quando, na verdade, o que está produzindo são estampidos do bater de panelas.
Palavras que vêm de um torneiro mecânico admirado pelo o que os interlocutores se enxergam nele, e não pelo o que realmente Lula é.
Uma sereia fora de forma a atrair incautos marinheiros de primeira viagem com seus sibilos falsos. Com isso, toda a atenção deve ser tomada quanto ao que diz e, principalmente, ao que pretende fazer. E por que isso? Porque, no fazer, o que anseia em segredo é construir abrigo e proteção apenas para si e para os seus. Como prestidigitador nas estripulias políticas, arrasta multidões de cegos, surdos e desesperados por onde passam. A todos e a todo tempo pode usar dessa expertise marota. Exceto quando se posta diante do próprio subconsciente.
O deus onipresente, com seu imenso dedo indicador apontado em sua direção. Desse protagonista fantasma de nossas vidas, a ninguém é dado o poder de fugir, escondendo-se. É como um cachorro que tenta escapar do próprio rabo, correndo. Portanto, diante desses personagens ou bruxos que têm transformado nossas vidas em pesadelo, é preciso estar atento as entrelinhas do que afirmam. Sobretudo aos atos falhos, porque eles parecem abrir uma ligação momentânea com o subconsciente desses maestros da tapeação.
Dias atrás, em discurso perante o Parlamento Europeu, em Bruxelas, nome esse que significa “aldeia do pântano”, Lula declarou, ipsis litteris: “O Bolsonaro não entende absolutamente de nada, a não ser de falar bobagem, a não ser de fazer fakenews e a não ser de tentar destruir aquilo que nós destruímos.” No seu íntimo, Lula é presa fácil de seu subconsciente, abarrotado com as ações ilegais e sem ética que tem praticado ao longo de toda sua vida. São muitos containers entulhados de aldrabices, dentro daquele cérebro miúdo. Ele, no caso o seu subconsciente, sabe o que foi feito e de que modo. Mesmo para a alma mais honesta desse país, verdades inconvenientes sempre vêm à tona.
De fato, muito mais do que poderia o próprio Freud explicar, os atos falhos, comuns em Lula, revelam quem é de fato esse personagem “macunaímico” de nossa vida nacional. Conhecendo mais de perto sua vida privada, se é que político tem vida privada, dá para entender que, por detrás do que explicita em frases soltas por aí, se esconde um indivíduo que ostenta nas ações o que não revela nas palavras.
Fonte: CB, de 18 de novembro de 2021. Coluna "Visto, lido e ouvido".